domingo, 27 de janeiro de 2013

Tragédia em boate de Santa Maria - RS

 Quando a gente trabalha numa área perigosa, somos envoltos em sistemas de segurança e os principais: informações e atos seguros, que nos dá o suporte e que torna o trabalho possível e seguro na medida do possível. Acaba que quem trabalha dessa forma se torna "crítico construtivo" e observa problemas onde outras pessoas não vêem. Seja uma saída estreita, falta de extintor de incêndio, etc. Costumes e pensamentos sobre segurança que levamos do trabalho para casa, para nossos prédios, veículos, numa viagem, entre outros.

 Infelizmente, quando acontece uma emergência, o que nos resta, além da tristeza, é aprender com os erros, refletir e tentar melhorar para que não se repita. Eu te pergunto: será que as casas noturnas da baixada santista, ou de qualquer outro lugar do país, suportam uma emergência dessa? As pessoas que freqüentam tem a informação do que fazer nesses casos? Eu te digo que, no caso da baixada santista, não! Nenhuma casa que conheço tem uma rota de fuga que dê vazão pro número de pessoas numa situação de emergência. A maioria tem uma porta pequena que serve de entrada e saída, tem dois ou três andares e nenhuma saída de emergência. Eu digo a maioria, porque não conheço todas e nem vou conhecer, deve ter uma ou outra que tenha, mas confirmo, longe de ser o ideal.


Nenhuma lição foi aprendida com aquele show do Raimundos? Pois é, já tivemos nossa própria tragédia santista, onde teve 7 mortes e 80 feridos em 1997. Na hora do tumulto, a saída afunilou as pessoas e muitos foram pisoteados. Isso já faz anos! Como um erro como esse pode voltar a acontecer hoje em dia? 


Quando você vai no cinema, tem o informativo antes do filme sobre o que fazer em caso de emergência, quando entra num avião ou antes de qualquer pessoa entrar numa refinaria ou industria no geral, também. Será que na "balada" não seria o caso? Não é a solução definitiva, mas com certeza ajuda alguma coisa... e claro, uma fiscalização melhor por parte da prefeitura, ou sei lá quem fiscaliza essas coisas. Que não tenha suborno para liberar um estabelecimento que não esteja de acordo com as normas de segurança... um barril de pólvora cheio de pessoas dentro... que pode muito bem ser um familiar desses tais "fiscais".


Estou fugindo do assunto principal, hora de parar.


Prestem atenção no que fazer em caso de emergência quando você entrar num estabelecimento fechado, observe as rotas de fuga, localização de extintores, etc... Nunca se sabe quando vai precisar utilizar essas informações. A gente pensa que as coisas nunca vão acontecer com a gente, mas não é bem assim que funciona. Ah... e tente não beber tanto. Com certeza o tumulto é maior quando estamos com a cabeça nublada pelo álcool, mas isso sou eu que estou falando... Faz o que quiser.


 Meus sentimentos aos familiares das vítimas.


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